Setor secundário da economia do estado de São Paulo



A atividade industrial pertence a este setor da economia – o secundário. A indústria engloba toda atividade que se dedica a manipular, transformar ou processar as matérias-primas em outro produto. Por exemplo, a carne suína (matéria-prima) processada em um frigorífico (indústria) é transformada em produtos, como linguiça, presunto, entre outros.

Portanto, a indústria, que pode ser mecanizada ou artesanal, é a atividade econômica que transforma os recursos naturais em bens de consumo.



A indústria mecanizada é aquela que utiliza equipamentos e técnicas que permitem a produção em grande quantidade, chamada de produção em série. Já a artesanal é praticada geralmente por um pequeno grupo de pessoas, utilizando ferramentas simples, e que participam de todas as etapas de produção: preparo da matéria-prima, confecção, acabamento e, muitas vezes, até da comercialização.

A principal característica do artesanato paulista é a sua diversidade de influências (indígena, africana, portuguesa, etc.), mas também pela grande variedade de técnicas, estilos e materiais utilizados.

No estado, há localidades em que a atividade artesanal é bem expressiva, como no Vale do Paraíba. Lá é possível encontrar as cerâmicas figurativas e decorativas. Já no litoral, as atividades artesanais são realizadas pelos indígenas do povo Guarani, como a cestaria.



Outras manifestações do artesanato paulista podem ser encontradas em feiras semanais na capital, no interior e no litoral, com destaque para a da Praça da República, da Liberdade e a do Embu das Artes.


Objetos com fibra de bananeira de Miracatu.


 Objetos com fibra de bananeira de Miracatu.

Objetos com fibra de bananeira de Miracatu.




Feira de artesanato em Embu das Artes (SP).


 Feira de artesanato em Embu das Artes (SP).

Feira de artesanato em Embu das Artes (SP).





E as indústrias do estado, como foi que tudo começou? Vamos conhecer um pouco da história da industrialização no estado de São Paulo.

A atividade industrial é característica marcante da economia do estado a qual, inicialmente, concentrou-se e intensificou-se na região metropolitana de São Paulo e, atualmente, estendeu-se por boa parte do interior.

O processo de industrialização no estado iniciou-se no final do século XIX, com o lucro obtido com a lavoura do café e também com a iniciativa dos imigrantes europeus. Com o capital (dinheiro) ganho na produção e exportação do café, ergueram-se grandes impérios industriais e, em 1935, a maioria das indústrias paulistas eram familiares, ou seja, criadas e dirigidas pelos membros de uma família, como as Indústrias Reunidas Matarazzo, que se tornou o maior complexo industrial da América Latina.



O principal personagem desta façanha foi o imigrante italiano Francesco Matarazzo, que desembarcou no Brasil, mais precisamente em Santos, em 1881, instalando-se em Sorocaba, onde montou uma fábrica de banha e inovou vendendo-a em latas. Com os ossos do porco produzia botões e barbatanas para colarinhos de camisas. Em 1890, transferiu-se para a capital – São Paulo – e inaugurou o Moinho Matarazzo, uma fábrica de farinha de trigo no bairro do Brás. Em seguida, vieram: metalúrgica, tecelagem, fábricas de óleo, sabão, fósforo e até uma instituição financeira – banco.

A partir de 1950, a concentração das indústrias estava na capital, o que acelerou o ritmo de crescimento da cidade e sua urbanização.

Em 1956, um novo acontecimento na história do país escolheu como cenário o estado de São Paulo: foi a chegada da primeira indústria automobilística ao Brasil, que se instalou na região metropolitana, no ABC Paulista (Santo André, São Bernardo, São Caetano). Essa nova oportunidade de trabalho nas indústrias e montadoras automobilísticas atraiu um grande contingente de migrantes vindos de vários estados, principalmente, do nordeste brasileiro.



A partir da década de 1970, iniciou-se efetivamente o processo de interiorização da indústria. Com a iniciativa do governo foram instaladas várias indústrias no interior do estado:

  • a Refinaria do Planalto Paulista (Replan), refinaria de petróleo instalada em Paulínia;
  • o Proálcool nas regiões de Campinas e Ribeirão Preto;
  • o polo siderúrgico em Cubatão – Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa);
  • a Embraer, fabricante de aviões, em São José dos Campos;
  • institutos de pesquisas em microeletrônica em Campinas, Piracicaba, Limeira e Rio Claro, onde se desenvolve biotecnologia.

Assim, o estado de São Paulo tem 40% da indústria nacional em seu território, sendo que as grandes concentrações industriais do estado estão na região metropolitana de São Paulo, Campinas, São José dos Campos, São Carlos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Marília.





Industrialização e circulação no estado de São Paulo


Inicialmente, as indústrias surgiram próximas às estações ferroviárias, e hoje estão próximas e interligadas aos principais eixos rodoviários do estado, que escoa a produção agropecuária e industrial até o porto de Santos. Além disso, a hidrovia Tietê-Paraná também exerce um papel importantíssimo no deslocamento de cargas para os países do Cone Sul (Argentina, Uruguai, Paraguai), além do uso das ferrovias do estado que se mantêm ativas.


Rodovia dos Bandeirantes, considerada a melhor rodovia do Brasil pela Confederação Nacional do Transporte.


 Rodovia dos Bandeirantes, considerada a melhor rodovia do Brasil pela Confederação Nacional do Transporte.

Rodovia dos Bandeirantes, considerada a melhor rodovia do Brasil pela Confederação Nacional do Transporte.




Circulação em São Paulo


  Circulação em São Paulo

Circulação em São Paulo